Na Osteoporose o osso fica poroso. Sendo esta uma condição na qual ele se torna menos denso comprometendo assim a sua qualidade. Isto ocasiona uma baixa resistência dos mesmos, aos impactos a que são submetidos na vida diária, tornando-os assim sucetíveis a fratura. Esta por sua vez, causa dores e incapacidade tornando as atividades diárias comuns extremamente difíceis.
Uma em cada tres mulheres e um em cada 05 homens acima de 50 anos irão sofrer uma fratura, devido a osteoporose.
As informações fornecidas poderão auxiliá-lo a conhecer mais sobre osteoporose, mas não substitui o seu médico quanto ao diagnóstico, tipo de tratamento e como evitar a segunda fratura.
Num paciente acima de 60 anos o diagnóstico deve ser feito por exame de densitometria óssea. Entretanto se o mesmo já tiver sofrido uma fratura por fragilidade – aquela que ocorre após uma queda insignificante de baixo impacto, geralmente da própria altura -, a O.M.S. ( ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE ), já considera nestes casos, ser o paciente portador de osteoporose instalada, mesmo se a sua densitometria óssea for normal.
A densitometria óssea é realizada com o paciente deitado numa maca. Nos densitômetros modernos demora de 05 a 10 minutos para examinar o Quadril e a Coluna Lombar. A quantidade de radiação emitida é menor do que uma pessoa recebe quando caminha na rua em dias ensolarados.
Dependendo dos parâmetros adquiridos, ela pode ser enquadrada em normal, osteopenia ou osteoporose.
Importante lembrar que como a hipertensão tem como desfecho final a ser evitado, o acidente vascular encefálico, o AVC , na osteoporose é a fratura o desfecho a ser evitado.
Ocorre no mundo à cada 3 segundos uma nova fratura por osteoporose. Estima-se atualmente mais 8.9 milhões de novas fraturas ocorrendo por ano. Projeta-se algo em torno de 200 milhões de indivíduos portadores de osteoporose no mundo.
O nosso esqueleto vive se remodelando, ou seja tanto o osso é reabsorvido quanto é formado. O nosso metabolismo mantém esta normalidade, entretanto nas mulheres que entram na menopausa ou aquelas que tiveram sua menopausa por razões cirúrgicas, prevalece o desequilíbrio , ou seja muito mais osso é reabsorvido do que formado, criando assim um osso menos resistente aos pequenos impactos, advindo as fraturas.
Dependendo da fragilidade dos ossos, um simples espirro ou uma tosse podem resultar em fratura da coluna.
Quais são os sinais e sintomas da osteoporose na coluna?
A osteoporose é chamada de “ doença silenciosa “, sendo o grito de dor ao fraturar um osso, “o seu lamento” . Muitas vezes o paciente procura o médico pela perda de altura, com ou sem dores nos “costas”, pelo aparecimento de deformidades na coluna torácica, que em muitas lugares são chamadas de “ corcunda de viúva “.
O diagnóstico:
Os sintomas e sinais variam de paciente a paciente como dores acompanhadas ou não das alterações da altura e presença de deformidades na região tóraco-lombar . Este são fatos, que não devem passar desapercebidos pelo paciente. Estas alterações muitas vezes aparecem após algum um trauma de baixo impacto.
Cabe ao seu médico, a solicitação dos exames pertinentes com sua história clinica. Para selar o diagnóstico.
Quais são os tipos de tratamento para osteoporose na coluna?
Podemos dividir o tratamento em duas situações :
Clínico: Medicamentoso, suplementos de Cálcio e Vitamina D , Fisioterapia e exercícios físicos associados a mudanças alimentares.
Cirúrgico: cimentação do corpo vertebral fraturado, com metacrilato ( cimento ortopédico ) com ou sem pressão.
Medicamentos:
São divididos em antireabsortivos – diminuem a perda óssea e formadores ósseos . Todos tem o seu valor e indicações precisas, e somente o seu médico está habilitado a prescrevê-los.
Fisioterapia:
Que deverá contar com o concurso de um profissional habilitado no manejo de pacientes idosos, para que possa ser traçado um programa de reabilitação deste paciente, que muita às vezes é demorado.
Suplementação:
A suplementação com cálcio e vitamina D também é fundamental no tratamento da osteoporose, especialmente quando há uma baixa ingesta desses nutrientes por meio da dieta.
O cálcio é muito importante para diversos processos fisiológicos do nosso organismo. Dentre os mais variados exemplos temos : a contração muscular, a liberação de neurotransmissores e a condução de impulsos nervosos.
Se a concentração sanguínea desse mineral cai, o esqueleto — que funciona como uma reserva de cálcio — começa a ser desfeito para repor a quantidade ideal desse nutriente no sangue.
A vitamina D é um fator primordial para a saúde dos ossos, principalmente porque garante a absorção do cálcio pelo organismo. Ela é fundamental no metabolismo e na manutenção óssea, através de ações diversas. Não basta apenas a ingesta de alimentos e ou medicamentos para suprir as necessidades de VIT D. Uma exposição solar de pelo menos 15 minutos entre os horários de 10:00 e 15:00 horas 3x na semana são suficientes para que a mesma seja metabolizada na pele. Sem isto seus níveis permanecerão abaixo do recomendado.
Exercício físico
Praticar uma atividade física é um dos métodos mais efetivos para proteger e recuperar sua massa óssea. Estudos já comprovaram que o impacto gerado no esqueleto por um exercício estimula a formação do tecido ósseo, o que diminui a incidência da osteoporose.
Cirurgia
Nunca é demais lembrar que o tratamento clínico sempre se impõe. Entretanto nos casos em que existe muita dor, principalmente aquelas intratáveis, que provoca uma permanência no leito por mais de 14 dias, provocando no idoso uma considerável perda de massa muscular e tecido ósseo. O tratamento cirúrgico se impõe, para interromper este ciclo vicioso.
Esta perda provoca uma dificuldade maior no que tange a sua recuperação. Aumentando assim as chances de novas quedas e consequentemente novas fraturas. Surgindo então uma série de eventos que levam a deterioração assustadora da qualidade de vida do paciente. A cimentação do corpo vertebral fraturado vem demonstrando ao longo dos últimos 35 anos, uma excelente arma para interromper este ciclo doloroso e degradante.
Princípio cirúrgico:
Reduzir se possível a fratura , fixar a fratura osteoporótica da coluna, instituir o tratamento da osteoporose e a recuperação funcional do paciente.
Tal procedimento cirúrgico deve ser feito de maneira minimamente invasiva , percutaneamente. Através de instrumentos especialmente desenvolvidos efetua-se a injeção de cimento ortopédico no corpo vertebral fraturado, de preferência com uma leve sedação, complementada com anestesia local.
Este procedimento (vertebroplastia ou cifoplastia ) quando bem indicado e executado, costuma trazer alívio imediato das dores, permitindo uma rápida recuperação.
Em alguns casos também podemos lançar mão de medidas como rizotomia química ao nível da coluna lombar, para promover analgesia- diminuir a dor , naqueles pacientes na qual o uso de medicamentos mais potentes estariam contra-indicados ou então não surtindo o efeito analgésico desejado.
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